domingo, 6 de novembro de 2011

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Um velho blues tocando no rádio:



Onde foi parar meu copo de vinho nessa noite fria? – me pergunto esquecidamente - ainda bem que te tenho pra aquecer tudo. Demonstrando sua forma, me mostrando sua dança, esperando sua vontade, escondendo meus desejos, mas esse corpo me hipnotiza, me desmoraliza, me amansa. No ápice do derradeiro instante, teus olhos cintilantes, me pedem pra parar. A alma agitada, uma grande plenitude a surgir e tu me pedes pra parar. Louca! Tu só podes ser uma louca desvairada. Só fazendo manha. A manhã já ta chegando, então deixa de tanto mistério e se desfaz de uma vez. Só tua carne e teu sabor pra confortar esses prazeres intermináveis. Não é sentimento, nem mero devaneio, é prazer consumido desses desejos. Sabendo disso é que tu crias em mim um pouco de ansiedade e me apresenta intimamente a luxúria, mas não passa de pirraça. Porque, aliás, tu és uma menina ingênua. Mas aos poucos essa timidez toda some e tudo começa a se mostrar. Uma bela arte que tem valor imensurável. Uma porcelana frágil e exuberante. Água desprovida de controle. Ao natural e espontâneo. Tu se fazes louca, mas é só pra me tentar. Faço de conta da sua ingenuidade e deixo tudo passar despercebido, ao menos despercebido ao olhar externo. Espontaneidade é o que eu quero. Espontânea como queres. Uma bela e maravilhosa tempestade, só pra me deixar mais agitado. Insaciável. Concupiscente. Acalma tuas águas e faz de mim um oceano indecente. Afinal, o que tu queres, menina, o que tu queres?
D.F.

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Com jeitinho ainda como teu juizo. Com uma garrafa de saint germain!

Um comentário:

  1. Fico extremamente FELIZ por saber que estás vivendo momentos FANTÁSTICOS e um tanto audaciosos, mas o que importa é ver um LINDO SORRISO em teu rosto. Espero saber tudo tim-tim por tim-tim ( claro, se você achar necessário compartilhar)

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